quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Chinês também cai no samba

Por Mariana Canedo

Depois de dois meses em Pequim, já não é novidade para mim que chinês também gosta de cair no samba. Conheci o Sambasia na minha terceira semana aqui, em uma festa junina organizada pela Abrapeq (Associação de Brasileiros em Pequim), através dos amigos brasileiros que trabalham para Xinhua, a agência de notícias chinesa.

O Sambasia é formado por 40 alunos, que praticam de duas a três vezes por semana com a finalidade de conquistar o direito de tocar nos shows. Na primeira apresentação que fui, me apaixonei pela energia transmitida por essa galera, mesmo sem ser muito fã dos ritmos baianos que compõem a maior parte do seu repertório.

E eis que minha querida gaúcha Paula me avisa que a Velha Guarda da Vila Isabel iria dar uma canja no final do show. Pensei: “Puxa, imperdível, é o verdadeiro intercâmbio cultural que eu tanto queria ver”.
O Adilson Pereira, diretor musical da Velha Guarda da Unidos de Vila Isabel, disse ter se surpreendido com o pessoal. “Eu não esperava encontrar aqui uma aceitação tão grande dos chineses. Houve interação. No começo eles estavam nervosos, mas depois de duas músicas, já estavam redondinhos. Eles têm uma grande sensibilidade musical. Foi uma troca cultural muito rica para todos”, ressaltou.
Samba na Ásia, com brasileiros e asiáticos juntos, em um mesmo palco, por essa acho que ninguém esperava. Intercâmbio cultural faz bem para a alma, sem dúvida.

Nenhum comentário: