O basquete se tornou um jogo tão estratégico, que as estatísticas praticamente contam uma partida. Sendo assim, ao olhar um "box score" em que o time A pegou 53 rebotes contra 31 do time B, é certo dizer que a primeira equipe foi a vencedora, tamanha a importância de superar o adversário em rebotes.
Por causa de detalhes como esse, a derrota da Seleção Brasileira feminina de Basquete para a Coréia do Sul, por 68 a 62, na estréia na Olimpíada de Pequim é ainda mais surpreendente. As brasileiras dominaram completamente o jogo do início até o meio do último quarto, quando venciam por sete pontos de vantagem.
Só que uma pane mental fez as comandadas de Paulo Bassul sumirem na defesa e tomar decisões completamente erradas no ataque. Precipitando arremessos e entregando bolas para as coreanas, ficou barato o empate em 55 a 55 que levou o jogo para a prorrogação. No tempo extra, o Brasil fez uma tenebrosa seleção de arremessos e foi justamente derrotado. Só mais uma estatística para comprovar isso: 29 desperdícios de bolas contra apenas 12 das coreanas.
Essa derrota compromete a trajetória do Brasil em Pequim. Isso porque, começamos enfrentando o rival, em tese, mais fraco do grupo. Ainda vamos pegar Austrália, Rússia, Letônia e Bielo-Rússia. Como bater as australianas é praticamente impossível, temos que vencer as três outras seleções para ainda sonharmos com as quartas-de-final, logicamente escapando dos Estados Unidos, que devem ser primeiro da outra chave.
É possível, mas ficou salgado...
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